Dificuldades com a internet? A culpa não é do “cara da TI”.

Dificuldades com a internet? A culpa não é do “cara da TI”.

5 lições que aprendi sobre como uma escolha ruim de soluções de segurança e disponibilidade de internet pode interferir negativamente nos resultados de uma empresa.

Neste artigo vou abordar as situações onde a tomada de decisão sobre soluções de segurança e disponibilidade de internet pode interferir negativamente nos resultados de uma empresa. Claro que, uma vez que você reconheça esses casos, será possível evitá-los e rumar para o sucesso.

Existem diversos motivos para se ter dificuldades com o acesso à internet. Usualmente a “culpa é do cara da TI”. Só que não. A experiência com esses ambientes me deu algumas lições e a ideia aqui é mostrar as origens desses problemas. Por sinal não é nada técnico.

1.Começo com o caso do propósito inadequado. É quando se compra um roteador baratinho (normalmente é para uso doméstico), e se espera um resultado de datacenter. Daí o equipamento trava, fica lento ou não tem os recursos de segurança necessários para proteger a rede.

Resultado: não há quem consiga manter um fluxo de internet funcionando muito tempo sem interrupção, aí já dá para ter ideia do pesadelo.

2. O próximo caso é do equipamento com desempenho inadequado. Quando você compra um equipamento considerado bom (por indicação de um técnico, pela marca, por experiências anteriores, etc…), mas muito pequeno para a sua necessidade. Quer dizer, no momento que mais precisar, algo vai estar faltando e normalmente é porta ou capacidade de processamento.

Resultado: você fez um investimento significativo (lá se foi o orçamento), e na hora que mais se precisa, não tem os recursos em mãos. Isso se ficar só na falta de algum recurso. Ainda há vezes que as coisas vão ficando lentas ou o equipamento trava totalmente.

3. Este terceiro caso ocorre com aqueles mais acostumados com compra de tecnologia. Muitas vezes compram equipamentos para uso imediato e que não possibilitam crescimento (escala). É quando a solução atende sua necessidade hoje, mas no futuro o negócio cresce e a solução não dá conta (falta interface, falta capacidade de processamento, falta alta disponibilidade e o software não recebe upgrade).

Resultado: para crescer precisa investir em uma solução diferente, migrar e, às vezes, treinar a equipe técnica.

4. Também, há o caso que já não vejo com tanta frequência, em que o ambiente tem dois links de internet e usa somente um de cada vez. E que, em caso de falha, uma pessoa precisa trocar os cabos do roteador e executar um procedimento para restabelecer a conexão.

Resultado: nos dias em que ocorre falha em um link, perde-se muito tempo em ajustes até que o segundo link entre em funcionamento. Nessa situação é preciso repensar a arquitetura da rede, afinal é preciso automatizar o processo e garantir que a redundância funcione sem necessidade interação humana.

5. E por fim quando o propósito está correto, o desempenho é adequado, há capacidade para atender as necessidades (inclusive futuras) e a arquitetura é boa. Então tudo certo e funcionando como esperado? Só até que o equipamento falha e não há reserva para substituí-lo.

Resultado: é preciso improvisar nos eventos de falha de hardware ou quando precisa fazer atualização e manutenção.

Eu poderia fazer uma lista muito maior, com outras situações que também levam a dificuldades reais, mas a ideia aqui é mostrar os principais casos. Será que daqui para frente você saberá identificar situações como essas acima? Como será a tomada de decisão para um resultado mais seguro? Essas são boas reflexões.